quarta-feira, 29 de abril de 2009

Por fim: Santo Condestável

S. Nuno não dá jeito mas é o que é. Pensar que se casou com uma viúva aos 16 e enviuvou aos 27 já depois de lhe morrerem dois filhos é dose, mas não diz nada sobre a santidade. Ter sido o segundo homem mais importante do reino e o chefe militar mais importante e talentoso diz qualquer coisa dos seus dotes naturais, mas pouco da santidade. Que, depois da morte da única filha tenha renunciado a tudo, tudo, posses, terras, bens, títulos e também aos seus talentos humanos já é mais complicado.
Vamos cá pôr uma comparação. Quem é o segundo homem mais importante de Portugal? O Engº Sócrates? Vamos imaginar o senhor a tomar o hábito e dar tudo aos pobres e nem sequer querer ser chamado de engenheiro e andar a mendigar pelas ruas (sendo que nem se compara a riqueza do Condestável com o pecúlio do nosso PM). Enfim, estranha-se.
Estranha-se, mas santidade é isto: radicalidade na entrega, seja ela qual for. E não é coisa de um dia só, é coisa de todos os dias. Entrega e confiança. Ou, dito de outro modo: fé, esperança e caridade vividas em grau heróico.

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