segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Boa notícia


E por que não adiantar a coisa????

domingo, 23 de novembro de 2008

Vulgaridade

"The Greeks had a beautiful word for vulgarity: they called it apeirokalia, lack of experience in things beautiful." Leo Strauss

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Sisuda e inábil


Dá pena a falta de jeito da líder da oposição para o registo político. Tenta fazer graça com coisas sem graça, e fá-lo com total ausência de humor, nas palavras e no facies.
Imbuindo-me do espírito de Tocqueville, diria que Ferreira Leite tem, de facto, mais espírito para uma aristocracia no poder (oligarquia) do que para a democracia. Parafraseando o mesmo pensador, "os aristocratas acabam por se afastar da política" porque "toda a democracia tende à mediania". É que vemos e é o que temos.
Com todas as suas inegáveis virtudes, a líder da oposição está tristemente desfasada.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

As pérolas do tempo


Depois das "galés", a indescritível sensação de se viver com asas. Minuto a minuto, a actualização da liberdade, numa lindíssima sinfonia de opções que preenchem os dias. Ainda que se possa ser "livre" na escravatura, ainda que se possa ser "livre" nos totalitarismos, o grito da humanidade clama por mais. É impagável o "tempo em branco", à espera das nossas opções.

Muhammad Yunus


Tive a sorte de poder assistir, há dias, a uma conferência privada dada por Muhammad Yunus aqui em Lisboa, no auditório do ISCTE. Com uma imensa humildade, Yunus contou como livrou da pobreza milhares de famílias no Bangladesh, como inventou o "negócio social", como insiste em apostar nas mulheres para reerguer a sociedade, contra todos os ventos e marés. Fê-lo com uma simplicidade confrangedora, como se não fosse nada de extraordinário, como se se limitasse a fazer o que deve.
Não era possível ouvirmos e vermos aquela pessoa sem nos sentirmos pessolmente interpelados.
Ele é indubitavelmente um daqueles "santos laicos" de que fala o Prof. Adriano Moreira e que são decisivos para alterar o curso da história. Ele está a alterá-lo, no Bangladesh e para lá do Bangladesh.
"A pobreza não é criada pelos pobres, mas por um sistema que nega as oportunidades às pessoas. A maior parte das pessoas morre sem ter oportunidade de fazer desabrochar os seus dons, morre sem saber quem é. Quem perde é o Mundo".

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

As palavras da vitória

Sem mais comentários sobre o tal "fenómeno Obama", não seria justo passar por cima daquele discurso de vitória. Aboluta e rigorosamente norte-americano. Brilhante e carismático. Irrepreensível. Incontornável para quem gosta de discursos. Deixo as últimas palavras.

This election had many firsts and many stories that will be told for generations. But one that's on my mind tonight is about a woman who cast her ballot in Atlanta. She's a lot like the millions of others who stood in line to make their voice heard in this election except for one thing - Ann Nixon Cooper is 106 years old.
She was born just a generation past slavery; a time when there were no cars on the road or planes in the sky; when someone like her couldn't vote for two reasons - because she was a woman and because of the color of her skin.
And tonight, I think about all that she's seen throughout her century in America - the heartache and the hope; the struggle and the progress; the times we were told that we can't, and the people who pressed on with that American creed: Yes we can.
At a time when women's voices were silenced and their hopes dismissed, she lived to see them stand up and speak out and reach for the ballot. Yes we can.
When there was despair in the dust bowl and depression across the land, she saw a nation conquer fear itself with a New Deal, new jobs and a new sense of common purpose. Yes we can.
When the bombs fell on our harbor and tyranny threatened the world, she was there to witness a generation rise to greatness and a democracy was saved. Yes we can.

A man touched down on the moon, a wall came down in Berlin, a world was connected by our own science and imagination. And this year, in this election, she touched her finger to a screen, and cast her vote, because after 106 years in America, through the best of times and the darkest of hours, she knows how America can change. Yes we can.
America, we have come so far. We have seen so much. But there is so much more to do. So tonight, let us ask ourselves - if our children should live to see the next century; if my daughters should be so lucky to live as long as Ann Nixon Cooper, what change will they see? What progress will we have made?
This is our chance to answer that call. This is our moment. This is our time - to put our people back to work and open doors of opportunity for our kids; to restore prosperity and promote the cause of peace; to reclaim the American Dream and reaffirm that fundamental truth - that out of many, we are one; that while we breathe, we hope, and where we are met with cynicism, and doubt, and those who tell us that we can't, we will respond with that timeless creed that sums up the spirit of a people:
Yes We Can. Thank you, God bless you, and may God Bless the United States of America.

domingo, 2 de novembro de 2008

O Sócrates à estalada ao Estado


É hilariante ver o nosso Primeiro-Ministro à estalada ao Estado. O ar de indignação do Sócrates a dizer "o Estado tem que deixar de dever às empresas, é uma situação que tem que acabar!", como se nunca tivesse tido nada a ver com o assunto... Desculpem, mas não entendo como é que toda a plateia não desata à gargalhada, como é que nenhum jornalista lhe pergunta "Quem é o Estado, Senhor Primeiro-Ministro?" Na realidade, o que se torna pungente é a apatia perante o ridículo de quem nos governa.
Mas o discurso não ficou por aqui: "Vamos ajudar as empresas injectando liquidez, favorecendo a competitividade". Não, Senhor Primeiro-Ministro. O que o Senhor vai fazer é pagar o que deve. O resto é tudo mentira.
Livra, este Estado socialista está a tornar-se pura e simplesmente repulsivo.