O que tornava o Roby uma pessoa absolutamente singular era aquela desconcertante simplicidade, a modéstia, a fragilidade, a humildade. Ele não podia deixar de entrar nos nossos corações porque, com tão extremas capacidades, se mostrava profundamente pequeno e indigente. Ele dava graça a conteúdos sem graça, encontrava palavras importantes para assuntos quiméricos. O Roby era o herói do texto. Ele tinha um mundo interior tão rico que surpreendia sempre: o amor pela História e pelas pequenas estórias, pelas origens (em Braga, "no penico do Céu"), pela família, pela palavra, a língua, tanta coisa! E aqueles desenhos que fazia, absorto, entregue!... Deu-me vários, porque o admirava, tão querido! Tenho um mesmo em frente a mim, emoldurado, no escritório. Tem dedicatória. Diz assim:
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
sábado, 16 de novembro de 2013
A Escola Pública não pode ser boa
É impossível a Escola Pública ser boa.
1. A Escola não escolhe os seus professores. Ou são da casa por vínculos de efetividade (anos) e tornam-se por isso "comprometidos com os projetos" (as escolas com melhores resultados são os que têm maior estabilidade de corpo docente) ou não são.
2. Cada vez há mais professores efetivos a pedirem reformas, cheios de inseguranças.
3. Em consequência, cada vez há mais professores "voláteis": aqueles o Ministério manda, sem conhecer rosto, contexto ou valor, e que a escola tem que receber sem dizer um "ai". A expressão que se usa é: "O prof. de X do meu filho é péssimo: CALHOU ASSIM!"
4. O que rankings traduzem em relação à escola pública é cada vez menos a qualidade do ensino e do projeto educativo e é cada vez mais o contexto sócio-económico onde as escolas estão inseridas e o dos próprios alunos.
Da leva dos "novos profs." - estes voláteis, encontrar um com critérios de excelência é como encontrar uma agulha no palheiro. Também percebo: para eles, serem bons ou não serem não faz grande diferença e dá muito menos trabalho não fazer nada pela vida e ter ordenado certo ao final do mês. Mas, convenhamos, é esteticamente muito feio - e isso nota-se, por fora!
Dêem liberdade às escolas públicas de escolherem os seus professores, dêem-lhes autonomia, dêem-lhes asas. Se eles não querem, obrigam-nos a ser livres e a assumir a respetiva responsabilidade, que é o que os Pais devem fazer com os filhos, para eles crescerem.
Só em liberdade, só com mercado aberto a competências, metodologias e processos e com avaliação de resultados (e suas consequências), se pode pensar em excelência. Sem isso é tudo mentira.
1. A Escola não escolhe os seus professores. Ou são da casa por vínculos de efetividade (anos) e tornam-se por isso "comprometidos com os projetos" (as escolas com melhores resultados são os que têm maior estabilidade de corpo docente) ou não são.
2. Cada vez há mais professores efetivos a pedirem reformas, cheios de inseguranças.
3. Em consequência, cada vez há mais professores "voláteis": aqueles o Ministério manda, sem conhecer rosto, contexto ou valor, e que a escola tem que receber sem dizer um "ai". A expressão que se usa é: "O prof. de X do meu filho é péssimo: CALHOU ASSIM!"
4. O que rankings traduzem em relação à escola pública é cada vez menos a qualidade do ensino e do projeto educativo e é cada vez mais o contexto sócio-económico onde as escolas estão inseridas e o dos próprios alunos.
Da leva dos "novos profs." - estes voláteis, encontrar um com critérios de excelência é como encontrar uma agulha no palheiro. Também percebo: para eles, serem bons ou não serem não faz grande diferença e dá muito menos trabalho não fazer nada pela vida e ter ordenado certo ao final do mês. Mas, convenhamos, é esteticamente muito feio - e isso nota-se, por fora!
Dêem liberdade às escolas públicas de escolherem os seus professores, dêem-lhes autonomia, dêem-lhes asas. Se eles não querem, obrigam-nos a ser livres e a assumir a respetiva responsabilidade, que é o que os Pais devem fazer com os filhos, para eles crescerem.
Só em liberdade, só com mercado aberto a competências, metodologias e processos e com avaliação de resultados (e suas consequências), se pode pensar em excelência. Sem isso é tudo mentira.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
"Tax freedom day"
Este ano, os portugueses têm que trabalhar até ao dia 4 de junho só para pagar impostos. Veja a reportagem aqui. Parabéns e obrigada a quem faz estes estudos.
Convém comparar. Nos EUA este dia celebra-se à séria, mas varia de estado para estado: o máximo que se encontra é 27 de abril, em Connecticut, e o mínimo é no Alasca, a 26 de março.
Convém comparar. Nos EUA este dia celebra-se à séria, mas varia de estado para estado: o máximo que se encontra é 27 de abril, em Connecticut, e o mínimo é no Alasca, a 26 de março.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Piegas é o Sr, caro Primeiro Ministro

Com todo o respeito, caro Primeiro Ministro, piegas é o Senhor. Enquanto não tiver coragem para fechar institutos públicos, fundações, entidades, mordomias e cargos que só servem para contentar clientelas, piegas é o Senhor.
Por isso lhe digo, comece por si. Não seja piegas e mande trabalhar (isto é, faça sair do setor público) todos os primos e respetivos piriquitos que pululam nessa maravilhosa e oculta máquina chamada "Estado".
Depois já pode vir chamar piegas a quem quiser.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Há professores que não sabem quem foi o primeiro Presidente da República nem a raiz quadrada de 9

Claro que o resultado só pode ser este. Vale a pena ver os dois links.
Ninguém mais sente vergonha?

quinta-feira, 18 de agosto de 2011
O paraíso é...
O paraíso é estar em paz com as coisas. Nós não podemos escolher como ou quando vamos morrer. Podemos somente decidir como vamos viver.
(Citação de George Santayana, feita por uma rapariga de 11 anos no seu mural do facebook).
(Citação de George Santayana, feita por uma rapariga de 11 anos no seu mural do facebook).
sexta-feira, 29 de julho de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
O equívoco dos "dinheiros públicos"

Há em Portugal um grande equívoco: o pensamento de que o dinheiro dos impostos é um dinheiro "público". A verdade é que o dinheiro dos impostos é um dinheiro "privado", ganho pelos privados, com o seu trabalho e com o seu risco.
O "dinheiro público" cheira a saco azul que dá para tudo, a começar pelas maiores trafulhices.
O dinheiro privado (que é o que é, na verdade, o dinheiro dos impostos), merece por quem o gere e por quem o transforma em "bem comum" o maior dos respeitos, a maior das competências, a maior das transparências. Tudo o que sai disto é abuso, roubo.
Por isso é que nos sentimos, com toda a justiça, todos ROUBADOS.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Sobre a rede pública de escolas (não estatais)
Aqui encontra-se um esclarecimento que merece ser lido (Expresso). Escola pública não significa, não tem significar e é bom que não signifique escola estatal. Livrem-nos deste mau Estado, devolvam, por favor, a vida e a liberdade de acção às pessoas e à sociedade.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Virtude e poder

A única coisa que podemos pedir e pela qual devemos lutar é um poder limitado. Limitadíssimo: no que tem para fazer e nos seus controlos.
Sem isso continuaremos a viver a rebaldaria da República das Bananas.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Serviço público, Estado e privados, ou a grande confusão
O debate que tem havido em torno das escolas públicas e escolas com contratos de associação revela alguma coisa de ideologia mas muito mais de ignorância. O Estado não tem, ele mesmo, que ser especialista em dar aulas, ou em preparar pessoas para dar aulas. O Estado tem apenas que proporcionar esse serviço a quem o queira e/ou precise, com a maior eficiência. Eficiência que os privados conseguem mas o Estado não consegue.
Por outro lado, o Estado não tem que ter um alto desígnio de educador, formatando cabeças com conteúdos programados. Aliás, isso é destruir as bases do pluralismo e da liberdade. A sociedade só "respira" na diferença, na concorrência, na diversidade de focos de ensino, e na sua qualidade. Qualidade que, manifestamente, o Estado, ele mesmo, também não consegue proporcionar.
Libertem a escola pública das redes burocráticas do Estado (cego) e vejam como floresce o nosso ensino. E não só o nosso ensino. A nossa democracia. O nosso País.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Esperança na Humanidade
Apesar dos "ambientes" e do imediatismo no qual vivemos as nossas vidas, temos de ter alguma visão da história.
O vídeo "200 countries, 200 years, 4 minutes" tenta dar uma visão bastante mais real dos dias em que vivemos- http://www.wimp.com/countriesyears/
Nem tudo é preto nos dias que correm....
O vídeo "200 countries, 200 years, 4 minutes" tenta dar uma visão bastante mais real dos dias em que vivemos- http://www.wimp.com/countriesyears/
Nem tudo é preto nos dias que correm....
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Como é burra e terrorista a nossa Administração Pública

Confrontei-me ontem com um exame de avaliação de conhecimentos para um cargo de "Técnico Superior" da Administração Pública. Tinha 18 perguntas de resposta múltipla, deste tipo:
"Uma unidade de missão pode ser coordenada por:
a) Um Director nível 1 e três coordenadores
b) Dois Directores nível 2 e quatro coordenadores
c) Dois Directores nível 1 e três coordenadores
d) Um Director nível 2 e cinco coordenadores"
Para fazer exames destes, a nossa Administração Pública prova, mais uma vez, a sua estupidez, que quer alargar a mais estúpidos, anonimamente transformados em peças de organigrama, de responsabilidade diluída, mas cheios de poder. A isso chama-se TERRORISMO.
Enquanto isto tudo não acabar, quem acaba é Portugal.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
"A crise não interessa nada"
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Um olhar real
Frei Fernando Ventura. Aqui está o nosso país hoje, sem máscaras nem fantasias. Subscrevo tudo.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Sócrates sem vergonha nem cara
Como costuma dizer uma amiga minha, "para se ter vergonha é preciso ter-se cara". O nosso desinibido PM vai dando o mote da "desvergonha" a um país que secunda com agrado os seus encantos e até deve achar que tem graça quando declara que prefere expressar-se em "mau inglês" perante os alunos da Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Merece ser visto (aqui), só para percebermos como não queremos ser quando formos grandes.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
5.200 € por aluno

O ensino público em Portugal gasta ou "investe" 5.200 € por aluno. Nenhuma escola privada que eu conheça gasta semelhante maquia, especialmente para tão péssimos resultados. Fosse dada aos portugueses uma verdadeira liberdade de escolha de ensino (poder escolher, como nos países civilizados, entre privado ou público, em igualdade de condições) e ver-se-ia onde ia parar o público. Como nos rankings das escolas iria parar ao seu lugar, ou seja, o último. Retirar-se-ia, e era o melhor que tinha a fazer. Pela educação das nossas crianças. E pela justiça na aplicação do dinheiro que nos retiram ao salário, irresponsavelmente desperdiçado num sistema ineficiente, burocrático e autofágico.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
O inferno do facebook
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