sábado, 16 de novembro de 2013

A Escola Pública não pode ser boa

É impossível a Escola Pública ser boa.
1. A Escola não escolhe os seus professores. Ou são da casa por vínculos de efetividade (anos) e tornam-se por isso "comprometidos com os projetos" (as escolas com melhores resultados são os que têm maior estabilidade de corpo docente) ou não são.
2. Cada vez há mais professores efetivos a pedirem reformas, cheios de inseguranças.
3. Em consequência, cada vez há mais professores "voláteis": aqueles o Ministério manda, sem conhecer rosto, contexto ou valor, e que a escola tem que receber sem dizer um "ai". A expressão que se usa é: "O prof. de X do meu filho é péssimo: CALHOU ASSIM!"
4. O que rankings traduzem em relação à escola pública é cada vez menos a qualidade do ensino e do projeto educativo e é cada vez mais o contexto sócio-económico onde as escolas estão inseridas e o dos próprios alunos. 
Da leva dos "novos profs." - estes voláteis, encontrar um com critérios de excelência é como encontrar uma agulha no palheiro. Também percebo: para eles, serem bons ou não serem não faz grande diferença e dá muito menos trabalho não fazer nada pela vida e ter ordenado certo ao final do mês. Mas, convenhamos, é esteticamente muito feio - e isso nota-se, por fora!
Dêem liberdade às escolas públicas de escolherem os seus professores, dêem-lhes autonomia, dêem-lhes asas. Se eles não querem, obrigam-nos a ser livres e a assumir a respetiva responsabilidade, que é o que os Pais devem fazer com os filhos, para eles crescerem. 
Só em liberdade, só com mercado aberto a competências, metodologias e processos e com avaliação de resultados (e suas consequências), se pode pensar em excelência. Sem isso é tudo mentira.

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