quarta-feira, 4 de junho de 2008

O Estado Social e a Pobreza

Fantástico o artigo de João Marques de Almeida no Diário Económico, recordando aquela histórica conversa entre o Otelo e o Olaf Palm: "Nós cá queremos acabar com os ricos". Resposta do Olaf: "Nós lá queremos acabar com os pobres". O lastro rasteiro e miserabilista de Otelo está a deixar Portugal bafiento, gasto e sujo. E mais pobre ainda.
É verdade que o Estado Social nunca acabou com a pobreza, bem pelo contrário. E é verdade que têm que ser os pobres a acabar com a pobreza. Os subsídios e as ajudas miseráveis perpetuam a miséria.
É importante dar oportunidades aos pobres para que eles saiam da pobreza e é mais importante ainda acabar com os "auxílios à pobreza".
Sentimos Portugal enterrado num lodaçal pegajoso, feito de favores e horizontes medíocres. Sentimos Portugal a suspirar pelo final do mês, na felicidade ridícula de poder ir desafogar-se em consumismo barato ou em futebol no fim-de-semana a seguir. Sentimos Portugal sem rasgo, sem brilho, sem ideal.
Sentimos, enfim, o Portugal pobre, que sem pão não consegue, nem pode, pensar em mais nada.

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